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São João Paulo II – 22 de outubro

Aos 21 anos, ele já terá perdido todos os familiares diretos – mas uma vida repleta de acontecimentos extraordinários espera por ele
18 de maio de 1920, Wadowice, Polônia: Emilia Kaczorowska dá à luz o seu terceiro bebê, a quem ela e o marido, Karol Wojtyla, batizam de Karol Józef Wojtyla.Os dois irmãos mais velhos do caçula são Edmund, que falece quando o pequeno Karol ainda está na infância, e Olga, já falecida antes mesmo do nascimento do irmãozinho mais novo.A mãe Emilia parte para a Casa do Pai em 1929, quando Karol filho tem apenas 9 anos de idade. Karol pai, suboficial do exército, falece em 1941, durante um dos períodos mais trágicos da história da Polônia: a Segunda Guerra Mundial. Karol filho tem apenas 21 anos e já perdeu todos os familiares diretos.A vida lhe reserva desafios e aventuras incomensuráveis, que o levarão a transitar por uma vasta gama de experiências humanas: na juventude, será ator e dramaturgo; terá um envolvimento amoroso com a jovem atriz judia Ginka Beer; será atropelado por um caminhão nazista durante a guerra, ficará internado durante duas semanas, escapará por um triz de ser preso pelo exército nazista e se esconderá na casa do arcebispo de Cracóvia até o final do conflito. Com a sua pátria sob o regime comunista ateu e perseguidor de toda forma de liberdade, Karol será seminarista clandestino até ser ordenado sacerdote, tornar-se arcebispo, participar do Concílio Vaticano II, ser nomeado cardeal e ser eleito o primeiro Papa não italiano desde o século XVI.O Papa que falava polonês, latim, grego antigo, italiano, francês, alemão, inglês, espanhol e português visitaria 129 países durante o pontificado, ganhando o apelido de “Papa Peregrino” e tornando-se um dos líderes mundiais que mais viajaram em missão de paz em toda a história da humanidade.Seus aniversários eram vividos como “um dia normal”, de acordo com um depoimento do então porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, por ocasião dos 84 anos de vida do Papa que veio de longe. Era maio de 2004: seria aquele o último aniversário celebrado por São João Paulo II antes do seu falecimento. Navarro-Valls declarou:“Para o Santo Padre, hoje (18 de maio de 2004) foi um dia de trabalho normal e, principalmente, de ação de graças a Deus pelo dom da vida. A única coisa extraordinária foi convidar os colaboradores mais próximos da Cúria para um almoço”.Fiéis católicos, crentes de outras religiões e personalidades da política, dos negócios e das artes do mundo inteiro costumavam enviar milhares de felicitações a São João Paulo II no dia do seu aniversário.Mesmo após a sua morte, ocorrida em 2 de abril de 2005, a data do seu aniversário de nascimento continuou a ser amplamente recordada por fiéis de todas as partes. Em 18 de maio de 2011, uma estátua de bronze foi inaugurada em Roma em homenagem a um dos maiores Papas de toda a bimilenar história da Igreja.
 

“O Papa rezava para entender seus pensamentos mais profundos e estava convencido de que a primeira coisa que ele precisava fazer era pedir ajuda a Deus para que ele pudesse tomar uma decisão, fazendo a vontade de Deus na solução de um problema. Por fim, João Paulo II era um místico, e isso pode ser deduzido quando nós, seus colaboradores, o víamos fazendo caminhadas ao ar livre, em uma bela região rural, quando tínhamos que deixá-lo em paz para que ele pudesse rezar e contemplar a paisagem”. 


ULTIMA FRASE DITA POR ELE: “Deixem-me ir para a casa do Pai”