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AÇÃO DE GRAÇAS – Jesus, o Menino que vem do Céu – 12:32h

 

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São muitos os pedintes, mendigo tem bastante, sempre tem alguém me importunando, são pouquíssimos os que agradecem, tem aqueles que só sabem reclamar, nunca estão contentes, se não é do seu jeito, jogam tudo pelos ares.

Vieram ao meu encontro dez leprosos, todos foram curados, somente um voltou glorificando a Deus em alta voz, Lc 17, 11-18.

Cantarei um cântico de louvor ao Nome do Senhor e o glorificarei com um hino de gratidão,  Sl 68, 31. O que me agrada levem ao conhecimento de todos.

Quero Me unir com vocês e permanecer para sempre.

Como nos unirmos a Jesus e permanecermos n’Ele?

A nossa união com Jesus Cristo, iniciada no Batismo e aperfeiçoada na Confirmação fica consumada no momento da Comunhão.

É preciso notar que recebemos o Batismo e a Confirmação uma vez só e que, infelizmente, podemos perder a vida da graça com que eles nos enriqueceram. Entretanto esta vida está sujeita a enfraquecimentos e é mesmo, por demais, certo que ela terá frequentes decadências motivadas por nossas fraquezas cotidianas.

É sobretudo pela santa Comunhão que nos unimos a Cristo praticamente na vida cotidiana. O meio excelente para nos enriquecermos da vida divina é recebermos a Sagrada Comunhão. Em tal momento, se estabelece união prodigiosa à qual não são comparáveis nem as união mais íntimas da Terra.

Entretanto, permanecem distintas a vida de Jesus e a nossa, a sua e nossa natureza, assim como a sua alma e a nossa alma. Contudo se estabelece incomparável unidade de amor.

São Cipriano diz: “A nossa união com Jesus Cristo unifica os afetos e as vontades”.

Com efeito, no momento da Comunhão, Jesus penetra de tal modo em nosso coração e em nossa alma que, pode dizer-se, são seus os nossos afetos e pensamentos. Ele, porém, é que os tem, pois no-los comunica na proporção de nosso amor atual. Se uma alma possui pouco amor, Jesus vê-se como na necessidade de se acomodar às disposições de tal alma e restringirá os seus dons. Ao comungante, porém, desapegado das criaturas e de si próprio, que se entrega sem reservas; à alma pura que se expande toda à influência da Hóstia, Jesus se dá, em troca, como só Deus pode fazê-lo: estabelece-se tal comunicação de bens, tal unidade de amor, que sobreexcede qualquer expressão humana. A alma vivificada por Jesus torna-se como solo fértil que faz multiplicar as flores e frutos. Concebe pensamentos brilhantes e produz atos fervorosos de amor. Serão estes nossos? Sim, porque provêm de nosso coração, e de nossa inteligência unida à de Jesus, e de nosso coração unido ao seu, de modo que são tanto d’Ele como nossos. Juntamente adoramos, juntamente amamos e damos graças, juntamente nos oferecemos ao PAI celestial. O seu amor e o nosso, o seu pensar e o nosso efluem tão confundidos um no outro como dois grãos de incenso queimando no mesmo turíbulo e exalando para o Céu um único perfume.

A Comunhão dá-nos Jesus todo

No momento da Comunhão ficamos realmente de posse da vida. Possuímos totalmente o Verbo Encarnado com tudo o que é e tudo o que faz: possuímos Jesus Homem e Deus, todas as graças de sua Humanidade e todos os tesouros de sua Divindade. (Ef 3, 8);

Do interior do Tabernáculo, Jesus me observa de contínuo, com um olhar que me penetra até ao âmago. Cuidadoso e terno olhar! “Gravada está, Senhor, em nós a luz de teu rosto”

Do livro “Da Eucaristia à Santíssima Trindade” Fr. M. Vicente Bernadot O.P./ Editora da Divina Misericórdia.

A AÇÃO DE GRAÇAS

O tempo para a Ação de Graças depois da Comunhão é o tempo mais real do amor mais íntimo com Jesus.

“Se compreendêssemos que, no tempo em que permanecem em nós as Espécies Eucarísticas, Jesus está presente e opera em nós, sem separar-se de Deus Pai e do Espírito Santo, e que em nós está a Santíssima Trindade….Seríamos mais amorosos em fazer a Ação de Graças. (Santa Maria Madalena de Pazzi).

Pelo menos um quarto de hora

Por isso os Santos, quando podiam, não punham limites ao tempo da Ação de Graças, que durava até mais de uma hora.

Santa Teresa de Ávila recomendava às suas filhas: “Entretenhamo-nos amorosamente com Jesus, e não deixemos passar a hora que vem depois da Comunhão: é um tempo excelente para entreter-nos com Deus e para falar-lhe dos interesses de nossa alma…. Pois sabemos que o Senhor Jesus Cristo fica em nós, enquanto o calor natural não consumir os acidentes  do Pão. Devemos tomar muito cuidado para não perdermos tão bela ocasião para entreter-nos com Ele e apresentar-lhe as nossas necessidades.”

São João Ávila, Santo Inácio de Loyola, São Luiz Gonzaga davam ações de Graças de joelhos durante duas horas.

São Luis Grignion de Monfort, depois da Missa, ficava pelo menos meia hora em Ação de Graças, e não havia ocupação ou trabalho que a pudesse faze-lo omitir, pois, como ele dizia: “Eu não trocaria esta hora de Ação de Graças nem mesmo por uma hora de Céu!”

Para que é que Santo Afonso Maria de Ligório enchia de vinho o cálice até quase à borda? Somente para ter por mais tempo o Sangue de Jesus em seu corpo.

Não seremos nós talvez o oposto dos Santos, quando achamos que a Ação de Graças está muito longa, e não vemos a hora em que ela acabe? Cuidado e atenção! Porque, se é verdade que, em cada Comunhão Jesus “dá em troca o cêntuplo pela acolhida que lhe damos”, como diz Santa Teresa de Jesus, é também verdade que seremos responsáveis ao cêntuplo pelas nossas faltas de acolhimento.

A Ação de Graças terás que fazê-la sempre, senão a pagarás caro!” (São Pio de Pietrelcina)

“Quereis que o Senhor vos dê muitas Graças? Visitai-O muitas vezes. quereis que Ele vos dê poucas Graças? Visitai-O raramente. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus Sacramentado. Meus caros, a Visita ao Santíssimo Sacramento é um meio muito necessário para vencer o demônio. Portanto, ide frequentemente visitar a Jesus Sacramentado e Satanás e os demônios não terão vitória contra vós”. São João Bosco

“Se invejamos a Samaritana, a Samaritana somos nós. E já é a sexta hora. Jesus está no poço de Jacó e espera-nos. A borda, sobre que o Senhor repousa, esperando, é o nosso coração. Ele não pode apartar-se de nós. Quer ter-nos consigo no lugar onde reside. E não é à borda de nosso coração que Ele habita, mas no centro. É este o santuário que escolhe. Como não podemos estar sempre prostrados aos pés do Santíssimo Sacramento, dignou-se fazer de nossos corações seus sacrários, onde quer morar perpetuamente. É do interior destes tabernáculos que nos convida, e como nada deseja tanto como ser desejado, procura ver se vivemos ansiando por Ele ou se vivemos satisfeitos (sem Ele).

“Santo afonso Rodrigues nota: Cumpre falar pouco com as pessoas, e falar muito com Deus. Ter sempre Deus presente no fundo do coração, e fazer lá uma espécie de retiro…. Não dizer nem fazer nada sem O consultar”.

……a graça de Deus nos força, tendo em conta que toda a água das divinas fontes atua sobre a alma à maneira de um canal sobre uma represa, e que depende de nós, de nosso esforço, deixar-nos invadir pela torrente. E assim, de que precauções se não cercava São Paulo para não perder ocasião alguma de deixar penetrar em si a divina graça!….

O Mestre interior reside efetivamente, em nossa alma em graça, a cada instante, mas não revela a sua presença senão àquele que o procura e se põe nas condições requeridas para O encontrar: perpetuamente presente, mas sempre invisível.

Do livro “Deus em Nós” do Pe Raul Plus S.J. Editora Divina Misericórdia

COM APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA