Diante das dificuldades e dos problemas, não dê qualquer resposta, busquem sabedoria, prudência e discernimento. Pegando carona humana, aproveito as palavras que um dia foi dito: “Quando a mente não pensa, o corpo padece”, por isso que é muito sofrimento desnecessário, muitos só param reclamando, outros não fazem a sua parte e quer que Deus faça a sua parte. Muitos só recorrem ao céu nos momentos em que a água está batendo em sua porta. Não se deve pedir socorro somente quando não tem mais jeito. Buscar as coisas do alto tem que ser diariamente, é preciso abster-se de todos os sinais de morte.
Lembre-se: O que é impossível para os homens, Mt 19, 26, para Deus nada é impossível. A memória de hoje lembra a todos SANTA RITA DE CÁSSIA, a Santa dos impossíveis. Hoje se confia mais nos homens do que em Deus. Santa Rita nos adverte e nos ensina; que sua história sirva de exemplo para todos.
São Gabriel, O anjo que anuncia
HISTÓRIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA
Venera hoje a Igreja em sua liturgia a santa chamada comumente a “Santa das Causas Impossíveis “: Rita de Cássia, É filha da Úmbria, província da Itália que deu à Igreja muitos santos, como São Francisco de Assis, Santa Clara. Os pais, de idade avançada e sem filhos, conseguiram esta filha pelas preces fervorosas. Pobres que eram, legaram à filha as riquezas imperecíveis de boa educação, fundada nos princípios da fé e da moral cristã.
Desde pequena, revelou profunda devoção à Maria Santíssima, a São João batista e Santo Agostinho. Inclinada à oração e solidão, aborreciam-na os divertimentos e passatempos profanos. Seu desejo ardente era entrar na ordem Agostiniana,a fim de viver exclusivamente para Deus. Mas os pais, levados por motivos de ordem material e pelo orgulho de poder ter uma descendência desta filha única, tomaram uma atitude severa e inflexível diante do plano de Rita que, no fim, teve de se conformar aos desejos dos pais e contrair núpcias com o jovem Paulo Ferdinando. Este, que no início aparentava boa índole, depois de casado revelou um caráter violento.
O casamento durou 18 anos e foi para ela verdadeira via-sacra. Marido, além de aventureiro fora do lar, dentro de casa foi o esposo que nenhuma mulher deseja: grosseiro, impertinente, irascível, violento.
Ela sofria, rezava e calava. Longe de se exasperar ou abandonar o lar, oferecia seus sofrimentos e oração a Deus para alcançar a conversão de Paulo Ferdinando. No fim, conseguiu domar a fera: a graça de Deus, a mansidão e paciência inalterável de Rita levaram o marido à conversão sincera.
Mas então veio o desenlace que ela não desejava: o marido foi assassinado. Restavam à pobre viúva sofrida dois filhos gêmeos que infelizmente herdaram o temperamento do pai. Ela perdoara de coração aos culpados que, até, recebeu em sua casa para que não fossem presos.
Em vão Rita mostrou aos dois filhos os deveres da caridade cristã de perdoar, assim como Deus nos perdoou. Eles teimavam no espírito de vingança. Então, em sua angústia, Rita pediu a Deus que mudasse o coração dos filhos ou os chamasse para Si. Tinham 14 anos quando morreram.
Só Deus sabe o quanto sofreu esta esposa e mãe, mas também só Ele pode medir a fé, a paciência heróica desta mulher. Talvez seja esta a razão por que Santa Rita é tão invocada como Padroeira das Causas Impossíveis.
Viúva e sem filhos, Rita queria realizar seu sonho de juventude: consagrar-se a Deus na Ordem das Agostinianas. Bateu à porta do convento. Mas a superiora declarou não poder admitir uma viúva numa comunidade reservada exclusivamente às virgens. Rita não desanimou: entregou sua causa a Deus e a seus santos protetores com redobrada confiança, até que, em forma milagrosa, conseguiu. O resto de sua vida no claustro foi de uma intensidade espiritual verdadeiramente heróica. Meditava longamente a Paixão de Cristo que a privilegiou com um sinal da Sua agonia. Por isso é representada com um crucifixo nas mãos. Faleceu em Cássia, no dia 22 de maio de 1457 com 76 anos.l
Seu culto é um dos mais populares do mundo inteiro e é protetora absoluta das esposas e mães que se angustiam pelos maus-tratos dos esposos.
Dom Servílio Conti, I. M. C. – O SANTO DO DIA, Ed Vozes