São muitas as almas que estão no esquecimento, como também são muitos aqueles que dizem que não adianta rezar por elas, a salvação é em vida, mas a dívida tem que ser paga, caloteiros não entram no céu, todos tem que estar purificados, caso contrátio não tem outro jeito.
Com todo o meu carisma dado pelo céu, nunca me expus, no silêncio, na obediência, na oração e na caridade, cumpri minha missão.
No momento da celebração eucarística, as almas me atormentavam, num só coro, bradavam em alta voz puxando minha batina, milhares em volta do altar: “ Mais missa, padre, mais missa!”, presenciei como elas sofrem no vale de lágrimas; a pior dor não é a doença, mas a ausência de Deus, o purgatório.
Muitas vezes fui tentado pelo demônio para que eu desistisse da missão de sacerdote. Sentia-me desanimado muitas vezes, mas vencia cada passo que dava com a oração, adoração, atos de piedade e sempre a jaculatória: “Jesus, Maria e José”; pronunciem com amor e muita humildade.
Desanimar e abandonar tudo pra que? Renunciar jamais, pois Deus não renunciou à cruz.
O Menino Deus, muitas vezes O via na eucaritia, não em forma de pão, mas de um menino loiro com os bracinhos estendidos para mim.
João Batista Réus