Crer ou não crer é uma atitude particular de cada um, jamais se pode induzir o outro a crer, tem aqueles que fazem um lavagem cerebral.
Eu, na minha inocência, não foi eu que escolhi, Ele me escolheu primeiro. Da boca deste pequenino eu disse sim, pelo meu sim eu faço parte da hierarquia dos Camelianos; trago em meu peito uma cruzinha vermelha que simboliza a Misericórdia de Deus. É por graça de Deus que esta misericórdia é derramada naquele cantinho pela intercessão; não faço grandes prodígios, apenas peço por todos os sofredores.
Não acreditar por não constar no Livro do Santos; não tem comprovação eclesiástica; não tem importância, o reconhecimento de muitos vem do céu e não da Terra; quantos são aqueles que estão no anonimato.
Não peço reconhecimento e tão pouco que acreditem em mim, acreditem sim naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida; o Menino Deus. Por causa d’Ele que as graças chovem; somente dou uma ajudinha.
Meus pais nunca abandonaram a fé, mesmo na dificuldade e nesta fatalidade; coloquem nas mãos de Deus aquilo que é impossível de resolver.
Agradeço a todos que tem respeito por mim, como criança. Se querem agradar a Deus, acolham as criancinhas, amem, respeitem e conduzam ao caminho de Deus para que não se percam. Quem ajuda uma criança, está ajudando o próprio Deus.
Clemenceau da Cunha Henriques
Nota: Clemenceau acompanhava os irmãos à escola quando caiu da balsa no Rio Araranguá em 1934 vindo a falecer.