O meu nome está em toda parte, são muitos os Josés da vida, uma boa parte em minha honra. Fico triste por um lado, muitos não mereciam carregar o meu nome por não ter uma boa conduta, eu fui um homem zeloso e justo, muitos não são. Tive minhas dúvidas e incertezas, mas o céu me orientava. A morte desnorteia muitas pessoas, para mim foi diferente; com a perda de minha esposa criei o meu filho que, mais tarde, Maria veio ajudar na sua criação.
Não cometam blasfêmia, Maria é intocável, somente o céu a tocou, a porta se abriu para o Salvador e depois foi fechada para sempre, jamais ninguém abriu, a não ser o Espírito Santo. Foi imaculada desde o ventre de sua mãe, foi concebida sem o pecado original. Ela cuidou do meu filho, eu ajudei a cuidar do filho dela; como homem, mesmo idoso, respeitei a virgindade de Maria. Sou o patrono não só da boa morte, mas da família e da Igreja.
Minha morte foi santa, e a sua será também? Nunca se espera para ser santo no final da vida que aliás pode ser tarde demais. O tempo em que Deus chama, ninguém sabe, por isso que todos os dias são dias de conversão e santificação. Família não se constrói de qualquer jeito, uma vida é sagrada, ela não pode ser gerada sem amor e sem responsabilidade.
Um sacramento só pode ser concretizado com a certeza que perdurará na eternidade, o que Deus uniu, o homem jamais separe. Não brinquem com o sagrado como brincam as menininhas de casinha, casamento é muito sério. Família que não busca Deus é família desestruturada.
São José